Caríssimas estudiosas e caríssimos estudiosos,
Neste 7 de setembro, celebramos a maior das efemérides de 2022: o bicentenário da Independência do Brasil.
Marcos como esse podem ser vistos como uma grande oportunidade de discussão e melhor compreensão sobre o processo da emancipação política e os diferentes projetos de nação que foram desenvolvidos e disputaram – e ainda disputam – espaço no país desde 1822.
Temos, portanto, uma grande ocasião para refletir e aprofundar os estudos dessa temática – especialmente no contexto do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD). Afinal, conhecer bem os fatores históricos, políticos, econômicos e sociais que compõem as estruturas do país é tarefa imprescindível aos aspirantes ao trabalho diplomático.
Para pavimentar esse caminho do conhecimento, produzimos uma seleção especial de conteúdos, que serve tanto aos que estão tendo agora o primeiro contato com o tema, como também aos que buscam mais detalhes e explicações avançadas. Confiram a seguir e aproveitem para incrementar o caderno de História do Brasil com as dicas!
1. História do Brasil Nação – vol I: Crise colonial e independência (1808-1830)
“Este primeiro volume da coleção é dedicado a um dos períodos mais notáveis de nossa História. 1808 desfaz, num só ato, a antiga condição colonial brasileira: diante da iminente invasão napoleônica, d. João aportou no Brasil com a família real e parte de sua corte, migrando a sede do Império português para a América. Apenas 14 anos depois, em meio à grande efervescência política e cultural, Pedro I proclama a independência, rompendo definitivamente os laços com Portugal. 1830 encerra o ciclo deste volume: Pedro I abdica do trono deixando como herdeiro seu filho de 5 anos. Cinco renomados historiadores – Alberto da Costa e Silva, Lúcia Bastos Pereira das Neves, Jorge Caldeira, Rubens Ricupero e Lilia Moritz Schwarcz – oferecem ao leitor um rico painel desse agitado, complexo e colorido Brasil oitocentista, visto por seus mais diferentes ângulos: a política, a sociedade, a economia, as relações internacionais e a cultura.”
Acesse aqui a pesquisa para aquisição do livro.
2. Bicentenário da Independência do Brasil – Debate especial com os historiadores Daniel Araújo e Marcus Dezemone, professores de História do Curso Clio
Na 23ª edição de O Internacional em Debate, realizada em janeiro deste ano, recebemos os professores Daniel Araújo e Marcus Dezemone para abordar as questões centrais do bicentenário da Independência do Brasil. A discussão buscou ampliar o entendimento sobre o processo da emancipação política do país e os diferentes projetos de nação que entraram em disputa desde então. Além disso, os professores forneceram orientações valiosas sobre a abordagem do tema nas provas do CACD (1ª e 3ª fases) – conteúdo indispensável aos futuros e futuras diplomatas. Assista abaixo à íntegra do evento.
3. “Bicentenário: Brasil 200 anos – 1822-2022” – Coleção comemorativa da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG)
“No contexto do planejamento da efeméride, a FUNAG criou a coleção “Bicentenário: Brasil 200 anos – 1822-2022”, abrangendo publicações inéditas e versões fac-similares. O objetivo é recuperar, preservar e tornar acessível a memória diplomática sobre os duzentos anos da história do país, principalmente volumes que se encontram esgotados ou são de difícil acesso. Com essa iniciativa, busca-se também incentivar a comunidade acadêmica a aprofundar estudos e diversificar as interpretações historiográficas, promovendo o conhecimento da história diplomática junto à sociedade civil.”
Acesse aqui a coleção, com downloads em PDF disponíveis.
4. “Argentina, primeiro país a reconhecer a independência do Brasil” – Artigo do diplomata Rodrigo Wiese Randig, publicado no Cadernos do CHDD Nº 31
“Esta edição do Cadernos do CHDD traz a transcrição de duas séries da correspondência diplomática. Na primeira, continuamos a publicar a documentação da embaixada em Londres no período da II Guerra Mundial, cobrindo agora os anos 1939-1940. A segunda divulga os ofícios da missão de Correa da Câmara a Buenos Aires em 1822-23. (…) o artigo de Rodrigo Randig discute, com bons argumentos, essa ideia e endossa a tese da primazia argentina pelo reconhecimento com outra fundamentação. O reconhecimento não teria se dado durante a missão Correa da Câmara, mas pouco depois, quando da vinda de um emissário argentino ao Brasil, Valentin Gomez, em 1823. É bem verdade que o reconhecimento não tem efeitos duradouros porque, em vista das divergências sobre a província cisplatina, as relações entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires são rompidas em 1828. Porém, o artigo de Rodrigo levanta o debate e acentua o sentido simbólico do nosso reconhecimento por um país a que estamos fortemente ligados.”
Acesse aqui a publicação, com download em PDF disponível.