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6 dicas para você ficar “relax” no CACD

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Minhas caras e meus caros,

Uma das partes primordiais da preparação, à parte dos estudos, é cuidar da nossa saúde. É muito importante manter uma alimentação balanceada, praticar esportes, realizar exercícios, e manter a cuca fresca!

A ansiedade, por exemplo, é uma característica muito comum nos indivíduos, nos dias de hoje. Pois saibam que a preocupação com o tema já atingiu a esfera internacional e é assunto de constantes debates na Organização Mundial da Saúde; até mesmo a realeza britânica estimula discussões sobre saúde mental, por meio da iniciativa Heads Together.

Essa inquietude também é muito conhecida dos pupilos e das pupilas que se preparam para concursos, e, evidentemente, para o CACD (Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata). A impressão de que você está esquecendo de ler algum livro importante; ou o estalo no meio da noite de que precisa fixar algum ponto da matéria; a ideia de que algo está pendente fica martelando… Todos nós já passamos por esses momentos, contudo, com a proximidade das provas, eles se tornam mais frequentes.

O que fazer para não deixar a ansiedade tomar conta, e atrapalhar os estudos e o seu desempenho?

Convidamos a caríssima psicóloga Paula Giraldelle, especializada em Transtornos do Humor e de Ansiedade, para oferecer a vocês, caríssimos, seis dicas para levar a preparação de forma mais leve!

Espero que aproveitem as dicas, minhas caras e meus caros! Procurem colocá-las em prática, e, assim, estourar a boca do balão na prova! 😉

 

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Quais técnicas de relaxamento você indica para os (as) candidatos (as) praticarem na rotina de estudos e nas vésperas das provas?

Paula Giraldelle – Hoje fala-se muito de mindfulness e meditação, que são técnicas incríveis para relaxar (entre outros benefícios), mas um exercício simples de respiração já traz muito resultado: inspire profundamente, prenda o ar, expire profundamente, recomece. A respiração apropriada é um pouco diferente da que estamos acostumados a fazer: ela envolve a expansão completa dos pulmões, peito e abdome. Observe o seu abdome se elevar a cada inspiração. Um relaxamento bem eficiente também é o muscular progressivo, especialmente quando associado a músicas instrumentais e imagens mentais positivas.

 

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Qual é a primeira coisa que os (as) candidatos (as) podem fazer para não se estressarem demasiadamente com a quantidade de matéria a ser estudada e o grau de dificuldade do concurso?

P.G. – Em primeiro lugar, o candidato precisa encarar a realidade, dimensionar o problema e se organizar. Um amontoado de matérias parece muito mais inalcançável do que 50 páginas disso, 120 páginas daquilo… Muitos nem começam porque acham que é coisa demais e que não darão conta. Sabe aquela pessoa que está endividada, então nem tira extrato bancário? Ela não resolve seu problema – ao contrário, ele vai sendo empurrado e aumenta exponencialmente. Um bom planejamento e organização são meio caminho andado para um estudo eficiente. Faça um cronograma, estabeleça pequenas metas, tenha uma rotina bem estabelecida e reserve espaço para descanso e lazer.

 

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Em relação ao dia de véspera das provas, qual seria a melhor forma de “desligar” a mente e não ficar o tempo todo pensando no desafio do dia seguinte?

P.G. – Lembra daquele cronograma? Faça-o de tal forma que seu estudo termine na antevéspera da prova. Já preveja que a véspera será para descanso e lazer. Se possível já faça até um planejamento para este dia: ir ao cinema, sair com a família, almoçar naquele restaurante favorito. Tudo isso o ajudará a não se sentir quebrando nenhuma regra e facilitará para que o dia seja realmente para arejar a cabeça.

 

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Geralmente, a ansiedade e a inquietação aumentam na hora de dormir. O que pode ser feito para evitar isso e, assim, permitir que esse momento seja mais tranquilo e agradável?

P.G. – Existe algo que se chama higiene do sono e que serve para todos, não só para candidatos: dormir em um ambiente sem barulho, escuro e com temperatura adequada; ter colchão e travesseiro confortáveis; não assistir a programas estimulantes ou violentos antes de dormir; não levar o celular ou computador para a cama; evitar bebidas e alimentos com cafeína após as 17h e não fazer exercícios físicos perto da hora de dormir. Todos deveriam seguir essas recomendações, independentemente de ter problemas com o sono. Para os ansiosos, valem as dicas da primeira pergunta: exercícios de respiração, relaxamento, mindfulness e meditação. Evitar falar de problemas e preocupações à noite também é importante.

 

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No momento de realização das provas, há algo que os (as) candidatos (as) possam fazer para se manterem mais calmos e concentrados?

P.G. – O exercício de respiração tem uma enorme vantagem, que é poder ser feito em qualquer lugar, sem que ninguém perceba. Ele é um coringa que tem nos ajudado muito nos momentos de ansiedade e tensão. Então, por que não o fazer naqueles últimos minutos antes da prova? O exercício de respiração tem atuação fisiológica e cognitiva: quando você inspira profundamente, o organismo recebe mais oxigênio, o que acalma a respiração e o ritmo cardíaco, induzindo o relaxamento; além disso, você desvia a sua atenção dos pensamentos negativos. Sugiro também que o candidato rapidamente relembre o quanto se empenhou e confie na sua capacidade. Sabemos que o estado emocional e autoconfiança são tão importantes para a aprovação quanto o estudo e preparo.

 

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Qual é o seu conselho para candidatos (as) que são muito exigentes consigo mesmos ou que são muito cobrados por outras pessoas em relação a passar no concurso?

P.G. – Existe uma frase de que gosto muito, embora eu não seja a autora, que diz que “o feito é melhor do que o perfeito”. Tem também aquela outra que diz que não se faz concurso pra passar, e sim até passar. Acredito que ambas sejam complementares e muito pertinentes neste contexto. Primeiro, o candidato precisa entender que este é um concurso dificílimo e que ele está competindo com pessoas muito preparadas. Então, ainda que ele seja muito bom, existe uma chance grande de ele não ficar com a vaga e isso é esperado. Está tudo bem, não é um fracasso. Fracasso seria ele deixar de tentar, sendo este seu sonho, devido à dificuldade. Então é isso, ele vai lá fazer a prova e, a cada prova que ele faz, ele se prepara um tantinho mais, até que chega a hora em que a vaga é dele. É claro que eu estou falando dos que realmente estudam e se preparam – fazer a prova “por fazer” não necessariamente significa avanço. Mas então, pra esse que estudou, fazer a prova várias vezes faz parte do processo e aceitar isso torna sua caminhada menos sofrida. E em segundo lugar, não espere estar 100% confiante, pra fazer a prova. Vá e faça, dê o seu melhor. É melhor entregar algo do que não entregar nada.

 

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