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O Mundo em 3 Minutos #8: Os EUA frente ao Acordo de Paris

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Estimados pupilos e pupilas,

Comemoramos na data de ontem, 05 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente. Essa data foi estabelecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, que ocorreu em Estocolmo, Suécia, em 1972, com o intuito de chamar a atenção de todos os povos e países para a importância da conscientização e a preservação ambiental. Desde então, anualmente, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e grupos da sociedade civil organizam diversos eventos nesse sentido em todas as partes do mundo. As ações realizadas incluem atividades que vão desde limpezas de bairros e iniciativas de reflorestamento até campanhas mais amplas, como as de combate aos crimes ambientais.

Neste ano, em particular, as celebrações mundiais para o meio ambiente estão ocorrendo em paralelo a uma preocupação acerca da cooperação internacional nesta esfera. Como pudemos acompanhar na semana passada, o presidente dos Estados Unidos anunciou a saída de seu país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, firmado por 195 países na 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Clima (UNFCCC – sigla em inglês) em 2015. Donald Trump justificou sua decisão como uma forma de priorizar os interesses nacionais dos EUA, classificando o acordo como injusto, uma barreira burocrática que impede a livre expansão industrial do país e só oferece vantagens competitivas para a China e a Índia. A atitude do chefe de Estado também foi baseada em sua crença de que o aumento das temperaturas não se deve à ação do homem – para ele, os argumentos científicos que dizem o contrário e são falsos e difundidos em larga escala indevidamente.

O Acordo de Paris é o primeiro pacto internacional para reduzir a emissão de gases poluentes de efeito estufa no contexto do desenvolvimento sustentável, e tem o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. O compromisso foi aprovado pelos países-parte da UNFCCC, entre os quais os Estados Unidos e a China, os dois maiores poluidores do mundo. Somente a Síria e a Nicarágua ficaram de fora do acordo, aos quais agora se junta os EUA.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a decisão dos Estados Unidos de se retirar do acordo é uma “grande decepção para os esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e promover a segurança global”. O diretor-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, também emitiu um comunicado, declarando que a posição estadunidense não interromperá os esforços de combate às mudanças climáticas feitos pelos demais países. “A decisão dos EUA de deixar o Acordo de Paris de forma alguma coloca um fim a esses esforços. China, Índia, União Europeia e outros já estão demonstrando forte liderança. Cento e noventa países estão mostrando forte determinação de trabalhar com eles para proteger esta e as futuras gerações”, disse Solheim.

Uma postura tão incisiva por parte de uma potência mundial sempre deixa muitas dúvidas sobre determinados aspectos da política internacional. E com a posição recente dos Estados Unidos frente ao Acordo de Paris não foi diferente, meu caros! Para auxiliar na análise desse panorama, nosso querido mestre Tanguy Baghdadi apresenta os desdobramentos da decisão de Trump para o mundo e o futuro de um dos tratados internacionais sobre o meio ambiente mais importantes já firmados. Assistam no vídeo a seguir!

 

Participação especial neste post:

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