Press "Enter" to skip to content

O Mundo em 3 Minutos #4: Brexit: em que ponto se encontra?

0

Minhas caras e meu caros,

No último dia 29 de março, o Reino Unido iniciou oficialmente o processo do Brexit – a saída do país da União Europeia (UE) – ao acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, a cláusula que permite a retirada de um país-membro do bloco europeu. Nove meses após a população britânica ter decidido pelo Brexit no referendo realizado no Reino Unido, a Primeira-Ministra Theresa May formalizou a decisão por meio de uma carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Dentre os principais motivos que levaram a essa decisão estão as divergências econômicas que tornaram complexa a relação entre o país e o bloco, sobretudo no tocante a temas como centralização versus controle nacional.

Os vinte e sete Estados-membros da União Europeia e o Reino Unido estão, agora, num longo processo de negociação para decidir como se dará a saída do país do bloco e de que forma as relações existentes serão reestruturadas. O Artigo 50 prevê o prazo de dois anos para que o processo seja concluído, porém muitos acreditam que pode levar mais tempo. Qualquer acordo deve ser aprovado por uma “maioria qualificada” dos países-membros da UE e pode ser vetado pelo Parlamento Europeu. A parte mais difícil será a definição de um novo relacionamento comercial, na qual as partes deverão estabelecer quais tarifas e outras barreiras à entrada serão permitidas e acordar novas regras para a questão da livre circulação de bens, serviços, capitais e pessoas. Enquanto líderes empresariais desejam os acordos mais simples possíveis para evitar danos econômicos, líderes políticos sustentam que as condições serão rigorosas para desencorajar outros Estados a seguir o exemplo do Reino Unido.

Outro grande desafio que surgiu para os britânicos foi no âmbito interno. No dia 31 de março, a Primeira-Ministra escocesa, Nicola Sturgeon, enviou uma carta à Theresa May, reivindicando formalmente autorização para realizar um novo referendo sobre a independência da Escócia do Reino Unido. A solicitação tem como justificativa o fato de a população escocesa não ter votado favorável à saída do Reino Unido da União Europeia no plebiscito de junho de 2016. Segundo Sturgeon, ao deixar a UE, o país também deixará o mercado comum e esse desfecho terá consequências significativas para a Escócia no que diz respeito a sua economia, sociedade e seu lugar no mundo. Como resposta, a Primeira-Ministra britânica informou que, em sua avaliação, este “não é o momento” para se realizar uma outra consulta sobre a independência à população.

Além dessas questões, muitas outras dificuldades serão enfrentadas pelo Reino Unido e pela Europa Ocidental como um todo até a conclusão do Brexit. Nosso querido mestre de Política Internacional, Tanguy Baghdadi, comenta sobre algumas delas e explica mais sobre o ponto no qual esse processo se encontra atualmente no episódio de hoje de “O Mundo em 3 Minutos”.

Assistam!

 

Participação especial neste post:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *