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Brasil na Copa e nos estudos #1: relações com o México

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Pupilas e pupilos,

No último dia 02 de julho, as seleções do Brasil e do México se enfrentaram nas oitavas de final da Copa do Mundo 2018 e, felizmente, o Brasil garantiu a vitória e sua permanência no torneio internacional de futebol. Apesar da rivalidade nos gramados, os dois países são parceiros de longa data. Mas vocês sabem como funciona esse relacionamento, meus caros?

A aproximação diplomática entre Brasil e México se deu em 1830. Pouco tempo depois, os países fortaleceram seu diálogo por meio da celebração do Tratado de Aliança, Paz e Amizade e, em 1922, elevaram suas representações diplomáticas ao nível de Embaixada.

Nos anos mais recentes, as relações bilaterais dessas nações tem sido diversificadas e importantes nos campos político, da integração, comercial, de investimentos e de cooperação, entre outros. Vejam, a seguir, as principais questões de cada um desses setores.

  • No campo político, Brasil e México são parceiros em diversos foros globais, tais como o sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), entre vários outros. Exemplo de coordenação entre Brasil e México em política internacional são as atuações dos dois países no G-20 comercial e no G-20 financeiro. Outro exemplo é a parceria pela proscrição de armas nucleares, simbolizada pelo papel de ambos na Organização para a Proscrição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe (OPANAL).
  • Em âmbito regional, Brasil e México são parceiros em numerosas iniciativas, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Associação Latino-americana de Integração (ALADI), a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
  • O comércio entre Brasil e México confirma a importância das relações bilaterais. Nos dez anos encerrados em 2014, a corrente de comércio entre os dois países cresceu 93,7%, chegando a US$ 9 bilhões em 2014. Produtos industrializados representam 93,6% do total de exportações brasileiras para o México.

Em 2014, o México foi o 11º parceiro comercial do Brasil, que, por sua vez, figurou como o 8º parceiro comercial mexicano. O México foi a 11ª maior fonte de importações brasileiras e o 14º destino das exportações nacionais. Para o México, o Brasil foi o 8º parceiro comercial e o 6º maior superávit na balança comercial do país.

  • Na visita de Estado da presidenta Dilma Rousseff ao México, em 26 de maio de 2015, Brasil e México decidiram priorizar a ampliação e o aprofundamento do Acordo de Complementação Econômica nº 53 (ACE-53), que atualmente abrange preferências tarifárias de cerca de 800 itens. Com isso, os dois países buscam ampliar de forma significativa a relação comercial, seja no campo dos produtos agrícolas e industriais com reduções tarifárias, seja nas áreas de serviços, compras governamentais, medidas sanitárias e fitossanitárias, dentre outras. As negociações ficaram a cargo de um grupo binacional que iniciou seus trabalhos em julho de 2015.
  • O estoque de investimentos mexicanos no Brasil, pouco acima dos US$ 22 bilhões, de acordo com dados de 2013, faz do mercado brasileiro o principal destino dos investimentos mexicanos na América Latina e o 2º no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O México ocupa o 7º lugar entre os estoques de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil.

Empresas brasileiras são responsáveis por alguns dos maiores investimentos privados no México, notadamente no setor petroquímico, químico e siderúrgico. O estoque de investimentos diretos brasileiros no México, de US$ 1,4 bilhão, vem aumentando nos últimos anos. Destaca-se consórcio formado entre a BRASKEM e o grupo mexicano IDESA para a construção de complexo petroquímico (“Projeto Etileno XXI”), maior investimento privado em curso no México, estimado em US$ 4,5 bilhões. A GERDAU possui projeto de construção de planta siderúrgica, com investimentos estimados em US$ 600 milhões, no Estado de Hidalgo.

  • Por ocasião da visita de Estado da presidenta Dilma Rousseff ao México, em 26 de maio de 2015, foi assinado Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) entre os dois países. O ACFI assinado com o México busca incentivar o investimento recíproco através de mecanismo de diálogo intergovernamental. Por meio do ACFI, haverá maior divulgação de oportunidades de negócios, intercâmbio de informações sobre marcos regulatórios e mecanismo adequado de prevenção e solução de controvérsias. Trata-se do terceiro instrumento desse tipo assinado pelo Brasil, após Angola e Moçambique, e o primeiro na América Latina.
  • A cooperação técnica é outro importante aspecto das relações entre Brasil e México. O programa de cooperação técnica bilateral é de especial interesse pela intensa troca de experiências entre os dois países, evidenciada pela variedade das atividades envolvidas. O programa para o período de 2011 a 2013 totalizou 25 projetos, sendo 9 de cooperação prestada pelo Brasil, 8 de cooperação horizontal (que implica intercâmbio de capacitação), 6 de cooperação recebida daquele país e 2 de cooperação trilateral, envolvendo terceiros países.

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Fonte: Ministério das Relações Exteriores

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