Sabatina do Barão | Geografia – Edição especial CACD 2022

QUESTÃO 01

A pesquisa Regiões de Influência das Cidades – Regic tem o propósito de identificar e analisar a rede urbana brasileira, estabelecendo a hierarquia dos centros urbanos e as regiões de influência das Cidades. O estudo constitui uma abordagem fundamental para a compreensão da geografia do País, uma vez que estabelece critérios para a qualificação das Cidades e das relações entre elas, revelando eixos de integração no território e padrões diferenciados de distribuição de centralidades urbanas. 

Com relação à rede urbana brasileira julgue os itens a seguir como CERTOS ou ERRADOS:

I. As maiores centralidades da rede urbana brasileira e, consequentemente, o maior nível hierárquico de nossa rede, pertencem a São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília mas São Paulo é caracterizada como a única grande metrópole nacional.

II. O Rio de Janeiro mantém o seu status de metrópole nacional, apesar da redução de sua área de influência por causa do avanço de Vitória à condição de metrópole. A antiga capital nacional se notabiliza, nos dias atuais, mais pelas relações com a sua hinterlândia do que pelas ligações de longa distância, uma vez que sua rede possui a maior densidade demográfica entre as metrópoles do país.

III. O avanço das fronteiras econômicas, como a agropecuária no Brasil Central, contribui para a expansão do sistema de cidades. O fato de a Regic 2018 ter identificado cidades como Rondonópolis e Sinop, no Mato Grosso; Barreiras, na Bahia; Ji-Paraná, em Rondônia, como capitais regionais, ilustra a evolução desse processo.

IV. A maior fluidez na circulação, material e imaterial, associada ao meio técnico científico informacional,  imprime à diversas áreas características que até então eram exclusivas da região metropolitana. Essas características fazem com  que não só as práticas sociais, mas, inclusive as identidades dos lugares fiquem sujeitas aos códigos metropolitanos.

QUESTÃO 02

O ritmo sem precedentes das mudanças nos últimos anos nas esferas geopolítica, ambiental e tecnológica levou alguns analistas e comentaristas a cunhar ou usar frases como a “idade das acelerações”, a “quarta revolução industrial” e a “era da mudança”. Mais recentemente, a COVID-19 amplificou a sensação de incerteza provocada durante uma mudança importante, ao mesmo tempo em que isola fisicamente grande parte do mundo por longos períodos de tempo. A Semelhante a outros fenômenos internacionais, a migração tem sido historicamente afetada por eventos geopolíticos sísmicos, como as duas guerras mundiais, a Guerra Fria e os grandes ataques terroristas (como o 11 de setembro), que podem marcar um ponto de virada na governança da migração, bem como no discurso e no sentimento mais amplos. A pandemia do COVID-19 é o último evento geopolítico sísmico, decorrente de uma emergência de saúde global e, embora não tenha terminado, já teve impactos profundos na migração e mobilidade globalmente. 

(World migration report 2022) 

Com relação aos deslocamentos populacionais, julgue as afirmativas a seguir como certas ou erradas.

I. Com o avanço dos sistemas de comunicações e de transportes, o fenômeno migratório tem se espalhado amplamente pelo mundo. Hoje já não é mais possível reconhecermos as especializações regionais que marcaram por muito tempo os principais fluxos migratórios internacionais.

II. No que diz respeito à inserção brasileira nos fluxos migratórios internacionais, é preciso reconhecer um papel de peso do país na composição desses fluxos. Nossa participação como emissor de emigrante e receptor de imigrantes já supera a média mundial.

III. Apesar de um incremento dos movimentos intrarregionais, o principal destino dos fluxos migratórios originados na América Latina continua sendo a Europa, o que se explica pelas maiores facilidades encontradas pela possibilidade de se adquirir cidadania em função das migrações de europeus que se dirigiram para a região no século XIX.

IV. O maior dinamismo econômico em relação ao seu entorno tem feito com que a África do Sul se torne um polo de atração de fluxos migratórios regionais, o que já tem levado a violentos conflitos de cunho xenófobo no país.