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O Mundo em 3 Minutos: Coreias em diálogo: fato histórico para o mundo

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Meus caros e minhas caras,

No último dia 27 de abril, vimos a História acontecer diante de nossos olhos, com a reaproximação de Coreia do Norte e Coreia do Sul.  Os governantes dos dois países, que protagonizaram um dos principais conflitos da era da Guerra Fria e ainda não assinaram o armistício pondo fim à Guerra da Coreia (1950-1953), trocaram apertos de mão e comprometeram-se a assinar um acordo de paz até 2019.

Após o conflito, o diálogo entre Pyongyang e Seoul foi dificultado por questões principalmente ideológicas: os norte-coreanos alinharam-se ao bloco socialista, tendo a China como principal aliado; e os sul-coreanos preferiram unir-se ao bloco capitalista, liderado pelos Estados Unidos. Desde então, a escalada de tensões entre os países tornou-se constante, com períodos de distensão entre as crises, impulsionadas, mormente, pela questão nuclear: enquanto a Coreia do Sul conta com arsenais nucleares norte-americanos em seu território, a Coreia do Norte busca o desenvolvimento autônomo desses armamentos.

Encontro dos presidentes Kim Jong-un (esquerda) e Moon Jae-in na linha de demarcação que divide os dois países, em abril/2018. Foto: Korean Broadcasting System / AFP
Encontro dos presidentes Kim Jong-un (esquerda) e Moon Jae-in na linha de demarcação que divide os dois países, em abril/2018. Foto: Korean Broadcasting System / AFP.

Para aplacar as questões relativas à proliferação de armas nucleares norte-coreanas, e garantir um ambiente de estabilidade na Península Coreana, foram estabelecidas as Six-Party Talks. As reuniões, compostas por Estados Unidos, Rússia, China, Japão e as duas Coreias, foram realizadas a partir de 2003, e nelas foram firmados compromissos relevantes para a desnuclearização de Pyongyang. No entanto, com a suspensão das conversas em 2009, as evidências de enriquecimento de urânio e os testes nucleares levados a cabo pelo governo de Kim Jong-Un, a esperança de paz na região parecia cada vez mais distante.

A mudança diplomática da Coreia do Norte, que parecia não caminhar em direção a um acordo com o país vizinho, suscita sentimentos variados entre os analistas internacionais. Há os que creem em um redirecionamento político, racional, baseado na ideia de que Pyongyang teme um enfrentamento militar com Washington; e os que defendem que essa é apenas uma manobra de Jong-Um para ganhar tempo e aprimorar os armamentos de seu país, visando a uma guerra eminente.

O que ocorrerá no futuro, meus pupilos, só o tempo dirá. Mas sobre a História e sobre como se iniciaram os desentendimentos diplomáticos entre as duas Coreias, nosso mestre Daniel Araújo está aqui para nos esclarecer. Aproveitem o conteúdo oferecido por nosso estimado professor!

 

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